terça-feira, 16 de julho de 2013

Hábito ou Amor?



Não há explicação melhor como a do mestre Rubem Alves sobre o "Amor" à leitura:
Concordam?




“Perguntam-me: o que fazer para criar o hábito de leitura? Respondo: ‘Nada. Não se deve 

criar o hábito da leitura. Hábito tem a ver com cortar as unhas, tomar banho… Os hábitos 

produzem ações automáticas. Um homem pode ter o hábito de dar um beijinho na mulher 

ao sair de casa estando com o pensamento muito longe dela. O que há de se fazer é 

ensinar 

as crianças a amar os livros…’”.

. Rubem Alves in Ostra Feliz não faz Pérola.


Referência Utilizada:  Facebook oficial de Rubem Alves 





terça-feira, 2 de julho de 2013

Reflexão


Há momentos para sorrir, chorar, calar, falar e acima de tudo pensar....
Quando se pensa, é quando mais se cresce em espírito e alma...
Que seja assim, como é, e sempre será, Cora Coralina.
Apreciem!




Referência Utilizada:
Disponível emhttps://www.facebook.com/photo.php?fbid=649661398395905&set=a.545629065465806.136117.545618312133548&type=1&theater
 acesso em 02/07/2013

terça-feira, 25 de junho de 2013

Uma aula gostosa!


Receita feita com os alunos para uma aula de frações. Dividam, fracionem, fragmentem, hum...!

Torta de maçãs

Massa:

1 ovo inteiro
1 pitada de sal
2 colheres (sopa) de margarina
1 colher de sopa de fermento em pó
2 colheres (sopa) de leite

1/2 copo de açúcar
3/2 copos de farinha de trigo

Mistura-se tudo muito bem.
Abre-se, a massa, com as mãos, numa assadeira retangular de alumínio  untada com margarina.
Assa-se em forno médio até dourar.

1º Creme:

3/2 copo de leite
1 gema de ovo
1 colher (sopa) de amido de milho

Levar ao fogo, mexendo, até ferver.
Se quiser, depois de pronto, colocar creme de leite sem soro.
Colocar o 1º creme, ainda quente, sobre a massa assada.
Colocar uma camada de fatias finas de maçãs, com casca.

2º Creme:

1 copo de caldo de laranja
1 colher de sopa de amido de milho
1/2 copo de água
1/4 copo de açúcar (provar a dosagem do açúcar conforme o seu gosto)

Levar ao fogo, mexendo, até ferver.
Colocar sobre a camada de maçãs.
Levar à geladeira e servir no dia seguinte.

Bom apetite!



quinta-feira, 20 de junho de 2013

Acorda gigante...


O tempo de dormência chega ao fim.
Agora é hora de clamar pelo respeito a todos os cidadãos.
A justiça não pode ficar de mãos atadas mediante aqueles que legislam leis em benefício próprio.
"Levanta BRASIL"









Referência Utilizada:
Disponivel em :http://www.youtube.com/watch?v=pS37Bu0v4ZQ acesso em 20/06/2013







quinta-feira, 13 de junho de 2013

Plano de Aula

Nosso Plano de Aula vai se basear na questão do ENEM-2011 que faz referencia à escala de determinado Mapa.
Iniciamos lendo a questão.


5) Questão (ENEM – 2011)
Sabe-se que a distância real, em linha reta, de uma cidade A, localizada no estado de São Paulo, a uma cidade B, localizada no estado de Alagoas, é igual a 2 000 km. Um estudante, ao analisar um mapa, verificou com sua régua que a distância entre essas duas cidades, A e B, era 8 cm.
Os dados nos indicam que o mapa observado pelo estudante está na escala de
A) 1: 250.
B) 1: 2 500.
C) 1: 25 000.
D) 1: 250 000.
E) 1: 25 000 000.



RESOLUÇÃO

Esta é uma questão que envolve a conversão entre unidades de medida. Neste caso precisamos converter 2.000 km em cm, pois cada centímetro no mapa corresponde geograficamente a certa distância também em centímetros.
Inicialmente posiciona-se a vírgula na célula do km e desloca-se a mesma até a unidade métrica desejada que no caso seja o centímetro.
Observamos que de quilômetros para centímetros andamos 5 casas para a direita.




km
hm
dam
m
dm
cm
mm
2
0
0
0,
0
0
0
0
0,




x 10x 10x 10x 10x 10





Cada múltiplo/submúltiplo da unidade metro está contida em uma coluna.
Note também que para cada coluna deslocada à direita, estamos realizando a multiplicação por 10.
As 5 multiplicações sucessivas por 10 são equivalentes a deslocar a vírgula decimal 5 casas para a direita.
Por isto 2.000 km equivalem a 200.000.000 cm pelo deslocamento da vírgula 5 casas para a direita.
Agora temos que obter a razão entre a medida do mapa e a medida geográfica.
Como a distância entre as cidades no mapa é de 8 cm e geograficamente elas estão localizadas a 200.000.000 cm (2.000 km)de distância, temos a seguinte razão:

Medidas do mapa (cm)

Medidas geográficas (cm)

8
200.000.000
1
x

8.x = 200.000.000

x= 200.000.000: 8

x= 25.000.000

ESCALA É IGUAL  1: 25.000.00  (E)


PLANO DE AULA



Tema:
Proporção – Razão – Regra de três
Objetivo geral:

Ensinar a Resolução de problemas de proporção direta

Objetivo específico:

a) Ensinar a conversão de medidas métricas adequadamente.

b) Esclarecer que escala é razão.

c) Ensinar o princípio da constante de proporcionalidade.
Justificativa:

A resolução de problemas de proporcionalidade é essencial para facilitar a compreensão de outras vertentes da matemática.

Procedimento/Metodologia

a) Primeiramente revisar Sistema Métrico Decimal com a exposição da tabela com as diferentes unidades métricas e mostrar como ocorre a conversão de uma unidade métrica para outra.

b) Em seguida, explicar aos alunos de que escala é uma razão entre uma grandeza real e outra grandeza proporcionalmente representada por um desenho, ambas representadas pela mesma unidade métrica.

c) Explicar aos alunos que a regra de três é a igualdade entre  frações equivalentes e que têm um de seus termos desconhecido   em relação aos demais. Mostrar que a razão sempre tem o mesmo valor. Daí dessa divisão ser chamada de constante de proporcionalidade

Recursos:

Régua graduada em centímetros, lousa, giz, Atlas.

Avaliação:

Oferecer outras questões onde ocorra a necessidade de se obter a constante de proporcionalidade a partir de conversão de unidades de medidas métricas.

Recuperação:

Contextualizar um exemplo onde o próprio aluno irá medir a distância e converter as unidades métricas de acordo com a escala do mapa a utilizar.
Recuperação continuada a todos a cada dúvida surgida.




DIAGRAMA DE PERCURSO 


Disponível em: http://www.matematicadidatica.com.br/ENEM2011q8.aspx acesso em 12/06/2013.

Que tal um cafezinho?


A mágica encanta, espanta, alegra, promove o 'pensar'...
Quanto é bom pensar?
Veja o vídeo a seguir e depois disso questione o valor da liberdade de pensar.
Bons pensamentos...




Referência utilizada:

terça-feira, 11 de junho de 2013

Ovo ou canto do Galo?


“O CANTO DO GALO”


Rubem Alves Filósofo e professor da Unicamp (Faculdade de Educação)

Era uma vez um granjeiro. Era um granjeiro incomum, intelectual e progressista.
Estudou administração, para que sua granja funcionasse cientificamente. Não satisfeito, fez um doutorado em criação de galinhas.
No curso de administração, aprendeu que, num negócio, o essencial é a produtividade. O improdutivo dá prejuízo; deve, portanto, ser eliminado.
Aplicado à criação de galinhas, esse princípio se traduz assim: galinha que não bota ovo não vale a ração que come. Não pode ocupar espaço no galinheiro. Deve, portanto, ser transformada em cubinhos de caldo de galinha.
Com o propósito de garantir a qualidade total de sua granja, o granjeiro estabeleceu um rigoroso sistema de controle da produtividade de suas galinhas. “Produtividade de galinhas” é um conceito matemático que se obtém dividindo-se o número de ovos botados pela unidade de tempo escolhida. Galinhas cujo índice de produtividade fosse igual ou superior a 250 ovos por ano podiam continuar a viver na granja como galinhas poedeiras. O granjeiro estabeleceu, inclusive, um sistema de “mérito galináceo”: as galinhas que botavam mais ovos recebiam mais ração. As galinhas que botavam menos ovos recebiam menos ração.
As galinhas cujo índice de produtividade fosse igual ou inferior a 249 ovos por ano não tinham mérito algum e eram transformadas em cubinhos de caldo de galinha.
Acontece que conviviam com as galinhas poedeiras, galináceos peculiares que se caracterizavam por um hábito curioso. A intervalos regulares e sem razão aparente, eles esticavam os pescoços, abriam os bicos e emitiam um ruído estridente e, ato contínuo, subiam nas costas das galinhas, seguravam-nas pelas cristas com o bico e obrigavam-nas a se agachar. Consultados os relatórios de produtividade, verificou o granjeiro que isso era tudo o que os galos – esse era o nome daquelas aves – faziam. Ovos, mesmo, nunca, jamais, em toda a história da granja, qualquer um deles botara. Lembrou-se o granjeiro, então, das lições que aprendera na escola, e ordenou que todos os galos fossem transformados em cubos de caldo de galinha.
As galinhas continuaram a botar ovos como sempre haviam botado: os números escritos nos relatórios não deixavam margens a dúvidas. Mas uma coisa estranha começou a acontecer. Antes, os ovos eram colocados em chocadeiras e, ao final de vinte e um dias, eles se quebravam e de dentro deles saíam pintinhos vivos. Agora, os ovos das mesmas galinhas,depois de vinte e um dias, não quebravam. Ficavam lá, inertes. Deles não saíam pintinhos. E, se ali continuassem por muito tempo, estouravam e de dentro deles o que saía era um cheiro de coisa podre. Coisa morta.
Aí o granjeiro científico aprendeu duas coisas:
Primeiro: o que importa não é a quantidade dos ovos; o que importa é o que vai dentro deles. A forma dos ovos é enganosa. Muitos ovos lisinhos por fora são podres por dentro.

Segundo: há coisas de valor superior aos ovos, que não podem ser medidas por meio de números. “Coisas sem as quais os ovos são coisas mortas”.

Esta parábola é sobre a universidade. As galinhas poedeiras são os docentes. Corrijo-me: docente, não. Porque docente quer dizer “aquele que ensina”. Mas o ensino é, precisamente, uma atividade que não pode ser traduzida em ovos; não pode ser expressa em termos numéricos. A designação correta é pesquisadores, isto é aqueles que produzem artigos e os publicam em revistas internacionais indexadas.
Artigos como os ovos, podem ser contados e computados nas colunas certas dos relatórios.
As revistas internacionais são os ninhos acreditados. Não basta botar ovos. É preciso botá-los nos ninhos acreditados. São os ninhos internacionais, em língua estrangeira, que dão aos  ovos sua dignidade e valor. A comunidade dos produtores de artigos científicos não fala português. Fala inglês.
Como resultado da pressão “publish or perish”, bote ovos ou sua cabeça será cortada, a docência termina por perder o sentido. Quem, numa universidade, só ensina, não vale nada. Os alunos passam a ser trambolhos para os pesquisadores: estes, em vez de se dedicarem à tarefa institucionalmente significativa de botar ovos, são obrigados pela presença de alunos a gastar seu tempo numa tarefa irrelevante: ensino não pode ser quantificado (quem disser que o ensino se mede pelo número de horas/aula é um idiota).
O que está em jogo é uma questão de valores, uma decisão sobre as prioridades que devem ordenar a vida universitária: se a primeira prioridade é desenvolver, nos jovens, a capacidade de pensar, ou se é produzir artigos para atender a exigência da comunidade científica internacional de “publish or perish”.
Eu acho que o objetivo das escolas e universidades é contribuir para o bem estar do povo. Por isso, sua tarefa mais importante é desenvolver, nos cidadãos, a capacidade de pensar. Porque é com o pensamento que se faz um povo. Mas isso não pode ser quantificado como se quantificam ovos botados. Sugiro que nossas universidades, ao avaliar a produtividade dos que trabalham nela, deem mais atenção ao canto do galo… 

Referência Utilizada:

In: ALVES, Rubem. Entre a Ciência e a Sapiência. O Dilema da Educação. 6ªed. São Paulo: Ed. Loyola, 2001. p. 67-71.